VISÃO TEOLÓGICA

ESTUDO DO LIVRO DE APOCALIPSE  ( ALINHANDO A NOIVA)

CARTA ÀS IGREJAS

Pr. Jaime Lamoglia Junior

“Uma linda carta de amor do noivo (Jesus), para a sua noiva eterna (Nós a Igreja) ”.

 CAPÍTULO 02: 1 A 7 – IGREJA DE ÉFESO

 

            João mais uma vez começa mostrando que há um direcionamento para o que há de escrever e revelar. Jesus o Cordeiro de Deus o Senhor do Senhores que detém as sete estrelas (anjos) e anda no meio dos sete candeeiros é o seu avalista. Ele mostra haver um direcionamento, “ao anjo da igreja” e como consequência a toda a igreja de Éfeso.

            Precisamos ter em mente que o Noivo sabe o que faz e como anda a noiva, mesmo diante da sua ausência física. Ele mostra que a Noiva não está sozinha, desamparada a mercê da sorte, há o cuidado do Espírito Santo para com a Noiva e se levarmos em consideração que o anjo da igreja seja o Pastor ou líder (aqui precisamos aprender que nada mais são do que amigos do noivo). A eles foi dado a honra e privilégio de representar o noivo enquanto ele prepara o grande encontro final. Mas não podemos deixar de crer que devido a importância dos anjos em todo o apocalipse, seja realmente endereçada a esse mensageiro da igreja de Éfeso. Seja qual for sua interpretação o Noivo mostra que mesmo ausente fisicamente ele está no controle e sabe de todos os passos da Noiva a Igreja.

            Éfeso é uma igreja perseverante e lutadora. Ela provou os que se diziam apóstolos e os desmascararam, ela tem como seu mérito a perseverança e o suportar das provas em nome de Jesus. Ela não é fraca doutrinariamente. Ela está bem alicerçada na Palavra ensinada pelos apóstolos. Mas ela tinha um problema que precisava ser revista urgentemente. Este é o alinhamento que o Noivo deseja da Noiva antes dos embates que haverão de vir. “ELA ABANDONOU O PRIMEIRO AMOR”.

            Talvez pelo fato do percurso no dia a dia e no enrijecimento visando a preservação da doutrina a todo custo, o aquecer do coração foi esfriado. Creio que sua luta foi tão intensa e diária em preservar a doutrina dos apóstolos que ela se tornou mecânica e não mais sensível. O fogo do primeiro amor deu lugar à doutrina de tal forma que passaram a ser guardiões e não mais proclamadores apaixonados, abrindo mão assim com o tempo, do primeiro amor e da consequente obra em favor do próximo. Uma noiva que contava mais com a força do seu braço do que com o amor misericordioso do Noivo para com os pecadores. Ela sentou-se sobre a doutrina e perdeu o real motivo da sua existência como noiva, viver intensamente seu amor pelo Noivo, aquele amor que acelera o coração, do que nada mais importa, do brilho no olhar, da certeza de que é correspondido, amada, acalentada, apaixonante e apaixonada, tudo é por Ele, para Ele e que sem Ele nada tem sentido, valor por quem lutar e defender. É o amor que move a Noiva todos os dias a desejar a volta do seu noivo, lindo, reluzente, esplendoroso, vitorioso, vestido lindamente para o encontro com sua amada e ela, de igual forma, o espera apaixonada, vibrante, vestida com vestes nupciais para o grande e maravilhoso dia, forte convicta, mas que jamais perde sua essência. Por isto ao Anjo da igreja é escrito, para trazer alinhamento a Noiva que aguarda o grande e triunfal dia do Senhor.

            O Noivo visando acordá-la e alinha-la, resolve chama-la ao arrependimento, ver em que ponto da sua história, ela deixou cair o seu primeiro amor e se arrepender e voltar. O Noivo provoca sua Noiva a sair do estado de letargia, de acomodação enrijecida e deixa claro que se não houver retorno se a chama do primeiro amor não for reacendido com intensidade e pureza e força, ela seria removida.

            “A igreja de Éfeso sabia bem o que significava ser movida, pois a cidade em função das obstruções do rio Caister fora removida a lugares mais remotos”. Creio que ao propor tamanha atitude drástica pelo Noivo à Noiva, Ele desejava tira-la do estado de conforto doutrinário e levá-la de volta o mover do primeiro amor. Sacudir a Noiva para acorda-la, pois o que haveria de acontecer estava próximo e ela precisava estar preparada, pois as tamanhas batalhas e tribulações só serão suportadas por aqueles que de fato estão apaixonados como no primeiro amor pelo Noivo.

            Tal ação só não aconteceu porque Éfeso (a igreja)  tinha a seu favor o não suportar a doutrina dos Nicolaítas, algo bem comum em seu meio da cidade de Éfeso, “Obras de Balaal e Jesabel tais como prostituição, prazeres propostos por seus ambientes pagãos”.

            Tal obediência era o que se esperava da Noiva para com o Noivo, e que daria a ela o comer da árvore da vida onde seu amor, seus ensinamentos e sua fidelidade seriam eternas assim como o Noivo é eterno!



ESTUDO DO LIVRO DE APOCALIPSE

Pr. Jaime Lamoglia Junior

“Uma linda carta de amor do noivo (Jesus), para a sua noiva eterna (Nós a Igreja) ”.

 

CAPÍTULO 01: 1 A 3

            A Primeira coisa que precisa ficar claro é que este livro foi escrito para os SERVOS, ele foi endereçado diretamente a nós. Portanto, creio que toda a sua mensagem e conteúdo está direcionada à Noiva, para que não desista, não duvide, não se venda, mas continue firme, alicerçada, preparada. Mais que isto, acredito que é uma linda carta de amor do noivo para sua noiva. Ela não é uma revelação de peso para os servos, mas um lindo mapa do noivo para a sua noiva a Igreja.  (Confira, Ap. 1:1).

            João recebe esta revelação como uma NOTIFICAÇÃO (Notificação é algo que recebemos para que se torne conhecido, para que tomemos providência de um determinado assunto, transcreve o que há de acontecer, comunicar, predizer), e para João e a Noiva ainda há mais uma importante questão que os envolve. “Tudo o que viu segundo a Palavra de Cristo e seu testemunho será atestado”, (comprovado, verdadeiro). 

            Portanto todo SERVO que lê, ouvir as palavras dessa profecia e as guardar será bem-aventurado. (Confira Ap. 1:3). Apocalipse não é um livro de revelações, mas da REVELAÇÃO do amor do Noivo (Jesus), em favor da sua Noiva (a Igreja).

 

CAPÍTULO 01: 4 A 8

            João endereça esta notificação às sete igrejas da Ásia e para que não haja nenhuma dúvida quanto ao seu chamado ou quando da mensagem de REVELAÇÃO dada a ele e endereçada aos servos à Igreja, ele procura chancelar seu chamado através:

1)     Do Eu Sou (vs.4)

2)     Dos Sete Espíritos (Confira Isaías 11:2). São Eles: Espírito do Senhorda Sabedoriado Entendimentodo Conselhoda Fortalezado Conhecimento e do temor. (v.4)

3)     Através do Filho (v.5)

João dá uma atenção especial ao falar do Noivo (Filho, Jesus), ele reforça o amor de Deus expresso em Cristo que através do Seu sangue nos libertou dos nossos pecados. Ele o exalta como o primogênito dos mortos, afirma ser Ele o soberano dos reis da terra, ser aquele que nos constitui reino e sacerdotes para Deus o Pai, cujo domínio e toda glória será pelos séculos dos séculos.

      Portanto sua vinda será visível, tanto para os Servos quanto para os não servos, as tribos lamentarão sobre Ele (Confira Mt. 24:29 a 31 e Zc 12:10 a14) ), aquele que é o Alfa (princípio de todas as coisas) e o ômega (O fim último de todas as coisas) há de vir, sua volta e seu triunfo serão inevitáveis e inegável. O Justo Juiz virá com poder e glória, virá para a sua Noiva e nada poderá deter este lindo encontro de amor eterno! Oh! Igreja (sevos) o Seu noivo virá GLORIOSAMENTE! (v.7,8).

 

CAPÍTULO 01: 9 A 20

            João faz questão de deixar sua localização, ele se encontra na Ilha de Pátmos (usada para banir os prisioneiros do Império Romano), provavelmente no final do governo de Nero ou durante o governo de Domiciano, o que muitos concordam ter sido por volta de 95 d.C. Mas a grande verdade é João deixa bem claro sua lucidez mesmo estando em espírito e do que estava por descrever em nome do Senhor.

            A ele é dado a partir de uma voz de grande trombeta a ordem para que escreva às sete igrejas da Ásia (Éfeso, Esmirna, Pérgamo,Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia). João ao voltar-se, ele vê os sete candeeiros de ouro (Confira Ex. 25:37), aqui representa as sete igrejas e no meio ele vê um semelhante ao Filho do Homem (Confira Ez. 1:26), com vestes talares (Confira Dn. 10:5).

            João tem o privilégio de contemplar assim como Daniel o Cristo glorificado. João tem uma visão única, poderosa, magnífica, esperançosa, ele vê o Cristo vitorioso. Ele o vê como Senhor, Filho, como aquele que é o Alfa e o Ômega, que vive e reina, que tem as chaves da morte e do inferno, cuja glória é e será eterna, vitorioso e único digno de toda a adoração e que tem o controle de tudo.

            Somente a partir da visão do Cristo vitorioso e glorificado é que João poderá se dirigir e escrever às igrejas, por isto a ele é ordenado para que escreva o que viu, o que é, e o que há de acontecer. (Confira Vs. 12 a 20).  Nesta visão há alguns símbolos que ajudam a entender a importância para a Igreja (servos) a visão do Cristo glorificado.

- Sete candeeiros de Ouro – São as sete Igrejas

- Vestes Talares – roupão até os pés ( dignidade e honra)

- Cinta de ouro no Peito – Coração puro

- Cabeça e cabelos brancos como a neve – Ancião em dias ( Dn. 7:9)

- Olhar como chamas de fogo – Luz ao que está oculto, Inteligência

- Os pés como bronze polido – Julgamento

- Vós de muitas águas – Poder e Majestade

- Na mão direita as sete estrelas – Os sete anjos das igrejas

- Da boca uma espada afiada de dois gumes – Julgamento e absolvição

- Seu rosto brilhava como sol em sua força – Justo Juiz

            João agora se prepara para através da sua revelação trazer o ALINHAMENTO DA NOIVA .  

                                                           FIM CAPÍTULO 01










A DIFÍCIL ESCOLHA DA RENÚNCIA
( Lucas 14: 25 A 33 ) – (Mateus 16: 24 a 28)


INTRODUÇÃO:
- Em Mateus 10 Jesus escolhe os seus Discípulos.
- Após a escolha Jesus passa a dar-lhes instruções bem definidas ao mesmo tempo em que serve de modelo para eles.
UM ENSINO COERENTE E VERDADEIRO É A CHAVE PARA DISCÍPULOS SEGUROS E CONVICTOS DO SEU CHAMADO.
- Ser um discípulo de Cristo é ter a certeza de que terão de abandonar o desejo natural da busca pelo conforto, fama e poder!
- Infelizmente temos visto muitas pessoas entendendo erroneamente o que significa TOME A SUA CRUZ! E Isto tem sido muito mais motivo de dor, peso, obrigação, sacrifício do que verdadeiramente é!
- Mas o que é TOME A SUA CRUZ! O QUE JESUS QUERIA NOS ENSINAR AO MANDAR-NOS QUE TOMEMOS A NOSSA CRUZ!?
“TOME A SUA CRUZ SIGNIFICA OBEDECER E PRINCIPALMENTE SE IDENTIFICAR COM JESUS, MESMO ATÉ A MORTE”!

- Quero destacar aqui três motivos porque a RENÚNCIA é algo difícil.


01) PORQUE PASSAREMOS A DESEJAR MENOS UM EM FUNÇÃO DO OUTRO:

- Isto significa que teremos de amar mais a Cristo e menos a família e os que nos cercam
- Isto que dizer que poderemos não mais ser compreendidos pela nossa família!
- Isto quer dizer que corremos o sério risco de sermos rejeitados
- Isto quer dizer que corremos o sério risco de sermos perseguidos ao ponto de sermos levados a morte!
(amizades, conhecidos, família, parentes e o mundo, principalmente o mundo)

02) PORQUE PASSAREMOS A VIVER COM CRISTO E EM CRISTO NO CAMINHO DA REJEIÇÃO E DO SOFRIMENTO.

- Seremos rejeitados principalmente por aqueles que não honram a Cristo!
- Por isto devemos tomar a nossa Cruz, OBEDECER e buscar termos uma IDENTIDADE diária e única com ELE, mesmo que isto nos leve a morte ( de nós mesmos para o mundo, para os ímpios para tudo aquilo que nos impede e nos constrange a viver sobre a dependência total e irrestrita de Cristo em nossa vida!


- Mas atenção para este ALERTA:

“AQUELE QUE TEME A REJEIÇÃO, A DESAPROVAÇÃO FAMILIAR, OU A PERSEGUIÇÃO, NÃO SEGUIRÁ A JESUS”.


03) PORQUE ELA REQUER DE NÓS UMA RENÚNCIA TOTAL.

- Por isto Jesus nos alerta Lindamente para que atentemos que renunciar:
1) Não pode ser uma decisão emocional
2) Precisamos calcular os riscos ( estar ciente deles e do que virá )
3) Ao lançarmos em segui-lo, precisamos entender que a desonra de uma “OBRA INACABADA”, Será motivo de chacota e escárnio por parte dos que estão a nossa volta!
4) Seguir a Cristo não é algo para se experimentar, mas deve ser um compromisso supremo único, inegociável (Lc 9.62)
5) É ter convicção de que irá para a batalha após uma clara certeza dos riscos e das consequências que virão (após uma clara avaliação)
6) É uma renúncia total. Não é uma questão trivial, não está no fato do mínimo que tenho para oferecer a Deus, mas sim no máximo que ELE merece!

CONCLUSÃO:

Por isto, precisamos estar convictos do que queremos e do que somos na presença e na vida com Jesus.
            Afinal, jamais seremos um discípulo de Jesus se não estivermos verdadeiramente comprometidos de forma integral e única com o Senhor!
            Renunciarmos e tomarmos a nossa cruz é uma decisão e não uma opção! É saber após avaliar os riscos e as consequências que virão frente a nossa decisão!
            É estar pronto para ser um engenheiro que começa uma obra e com muito mérito a termina pois sabia bem o terreno e no que estava investindo, tendo a segurança e a certeza de que foi a coisa certa única e maravilhosa a fazer!

Pr. Jaime lamoglia Junior

Deus nos abençoe!



MISSÕES URBANAS - PRIMEIRA PARTE



INTRODUÇÃO

            Deus na sua infinita sabedoria, ao nos entregar a Sua Palavra, a Bíblia, nos deixou um legado que só agora depois de ler e analisar com mais atenção o livro do qual estarei baseando nosso seminário pude compreender. A Palavra de Deus aponta a mais de 2.000 anos atrás que a sociedade humana seria uma sociedade vivendo intensamente uma vida urbana.
            As cidades seriam o principal habitat do homem e por isto ao analisarmos mais acuradamente veremos que há muitas referencias apontando para uma sociedade que vive intensamente uma vida urbana. As estatísticas não nos deixam dúvidas.





                Ao analisarmos este outro gráfico fica ainda mais evidente o quanto seremos uma sociedade urbana.




                                           







            Desta feita podemos concordar que realmente as cidades hão de se tornar um campo de batalha, mas não uma batalha qualquer, não uma batalha contra o homem, mas sim como nos ensina a Palavra de Deus:
“Por que a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”. ( Efésios 6:12 )

            Nossa missão visa, portanto a partir desse seminário, proporcionar a você que ama a Palavra de Deus e que ama sua cidade instruí-lo, orientá-lo, desafiá-lo e principalmente comissioná-lo para ser um missionário urbano para fazer da sua cidade uma cidade liberta, libertadora e cheia da graça do Senhor Jesus, totalmente rendida à glória de Deus e do seu Reino.  O desafio é perigoso, longo, com muitas armadilhas e dardos inflamados do inimigo que irá desanimá-lo, desafiá-lo, enganá-lo e por vezes tentar contra você, sua família, seu trabalho, seus bens, mas saiba que o nosso general que é Cristo vai sempre estar na frente provendo livramento e nos tornando homens e mulheres de Deus atuantes na sociedade, libertadores e cheios do Espírito Santo de Deus para que nossa cidade possa realmente ser liberta em nome de Jesus.
            Portanto prepare-se, ore, jejue e se coloque na presença de Deus para que você possa estar em Espírito recebendo o que Deus tem para você e quer de você neste seminário. Sua vida, sua visão, seus conceitos, irão ser estremecidos pela Graça e pelo desafio que hoje o Senhor coloca em suas mãos. Bom estudo, bom desafio e acima de tudo coragem para fazer a diferença na nossa cidade que está cativa nas mãos dos principados e potestades, dos dominadores deste mundo tenebroso.


Pr. Esp. Jaime Lamoglia Junior.



A CIDADE CAMPO DE BATALHA

TEMA 01 – NOSSA CIDADE – CRIAÇÃO DE DEUS


            Como já vimos na introdução, a Bíblia é um livro voltado para as cidades. Ao fazermos um olhar mais acurado, veremos que muitos textos apontam a cidade como criação de Deus. Diante disto temos visto uma explosão demográfica das cidades e cada vez mais, a urbanização vem sendo uma realidade constante. Hoje ao olharmos ao redor do mundo veremos cidades gigantes como Tóquio, Bombaim, São Paulo, Cidade do México, Los Angeles e tantas outras. Mas ao mesmo tempo, temos testemunhado uma crise imensa e profunda. O que há de errado com o crescimento das cidades? Nela encontramos moradia desumana, a falta de emprego a cada dia é mais real, o sistema básico como saúde, educação, saneamento, energia e alimentação estão cada vez mais prepários. Só para termos uma ideia, só em SP 700.000 crianças são largadas à própria sorte, na Índia 500.000 pessoas moram nas ruas, já em Guaiaquil 60% vivem em barracões amontoados, habitações enlameadas de lixo e água poluída.
            Mas mesmo diante destas constatações tristes e alarmantes, esta é a cidade, esta é a cidade que Deus ama e pela qual Cristo morreu. E para o nosso desafio e missão, esta é a cidade onde a Igreja de Cristo está. Aqui na cidade é o lugar onde fomos chamados para ministrar e libertar.
            A Igreja tem um chamado para a cidade. Deus chama a sua noiva, sua Igreja para que ela entre dentro da cidade.  Existe uma grande diferença entre:


 ESTAR NA CIDADE

 ESTAR DENTRO DA CIDADE
 



            A verdade está ai não podemos ignorar, mas o mundo hoje é um mundo urbanizado. E não podemos negligenciar a evangelização para este mundo urbanizado, esta é uma grande oportunidade.
Ap. 3:8 Conheço as tuas obras (eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, que ninguém pode fechar), que tens pouca força, entretanto guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.

            Nós enquanto igreja, precisamos redescobrir as cidades. Novos conceitos, e novos termos precisam urgentemente serem introduzidos no vocabulário das nossas igrejas tais como: Redes de comunicação, exegese urbana, organização comunitária e tantas outros vocabulários.


A BÍBLIA, UM LIVRO URBANO

            Ao contrário do que se pensava, a Bíblia é sim um livro urbano e bem focado nas condições e situações espirituais que fazem parte da configuração das cidades. Por que podemos afirmar assim? Ao lançarmos os olhos no Velho Testamento podemos ver cidades como Ur, Uruque, Bíblos, Babilônia, Jericó, Nínive e tantas outras, que são mencionadas e que tem o palco das mais duras e prolongadas batalhas espirituais.
         Vejamos um exemplo. Nínive uma cidade opressora e opressa, tinha como alvo de destruição Israel e o seu povo como um todo. Javé então convoca o profeta Jonas conforme podemos ler:

Jn. 1:2 - Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.
            Nínive era uma cidade realmente grande, segundo alguns historiadores, levava-se cerca de três dias para que ela fosse totalmente atravessada.
Jn 3 Levantou-se, pois, Jonas, e foi a Nínive, segundo a palavra do Senhor. Ora, Nínive era uma grande cidade, de três dias de jornada.
            No tempo de Nabucodonossor, era uma cidade surpreendente com 17.700 metros de muralhas e com sistemas de água e irrigação. Realmente uma grande e fantástica cidade.
            No Novo Testamento as cidades também ainda são destaques, veja Roma, a primeira cidade a atingir a casa de 1.000.000 de habitantes. Imaginem as suas ruas, em constante fervência humana, mansões, apartamentos, e os pobres vivendo em apartamentos de aluguel cerca de 46.000. 
            Lanciana faz uma lista de obras públicas entre 312 e 315 A.D. vejamos:
1.790 palácios, 926 cadas de banho, 8 refeitórios comuns, 30 parques e jardins, 700 piscinas públicas, 500 fontes alimentadas por 130 reservatórios, 254 padarias, 290 armazéns, 37 portões, 36 arcos de mármore, 2 circos, 2 anfiteatros, 3 teatros, 28 bibliotecas, 4 escolas de gladiadores, 5 exibições náuticas para lutas marítimas, 6 obeliscos, 8 pontes, 19 “canais de água”, 3785 estátuas de bronze e 10.000 estátuas esculpidas.

            As cartas Paulinas também tem como endereço as cidades, Paulo era essencialmente um missionário urbano. Éfeso, Corinto, Tessália, Colossos e tantas que foram alcançadas pelo seu trabalho de missionário. Mas talvez ao ler tudo isto surja a pergunta em seu coração: Como a Escritura vê a minha cidade?





SERVOS EXEMPLARES

2ª PEDRO 5:14-17


INTRODUÇÃO:

            Quando analisamos o livro de Reis o que mais nos chama a atenção é a inconstante infidelidade dos governantes para com o pacto com Deus.
            Mas também podemos observar que alguns Reis renovaram o pacto com o Senhor,  a exemplo de Josias, Josafá e Ezequias.
            Israel vivia uma instabilidade política muito grande, e a situação agravava-se a cada dia. Também podemos observar que este período marca o Primeiro Império Babilônico, o Império Assírio e o Segundo Império Babilônico.
            Talvez um dos povos mais cruéis e impiedosos para com os seus inimigos na antiguidade eram os Assírios.
            Naamã, um dos principais Generais e um dos mais bem sucedidos do seu tempo. Homem que como a tradição era impiedoso e extremamente cumpridor dos Seus deveres, está frente a frente com uma serva que mesmo diante da adversidade (perdeu família, lar, sua referência como nação) resolve amá-lo na sua adversidade.

01) TEMPO DE ESCRAVIDÃO:

         Com a invasão da Síria ao Reino de Israel, todo o povo foi levado cativo. Além da destruição, da humilhação havia ainda a realidade do cativeiro. Algo vivido tão amargamente no Egito, agora tão presente e tão cruel na vida do povo.
            Mas o que mais nos chama a atenção é fato de uma menina anônima, perde sua referência, sua nacionalidade, sua existência enquanto pessoa e vai ser cativa na casa do seu maior inquisidor. Naamã, o General impiedoso extremamente vitorioso e respeitado.  Ela perde:

a) Sua Liberdade
b) Sua convivência
c) Ela perde seu próprio nome

            Mediante a esta realidade surge a nós uma pergunta:

“QUAIS PERDAS ESTAMOS DISPOSTOS A SOFRER NA SOCIEDADE DE HOJE SEM RENEGAR QUEM SOMOS E AO QUE CREMOS ”?






02) CRISES SÃO OPORTUNIDADES:

            Crise pode ser um momento de PERIGO ou de OPORTUNIDADE. Quando muitos estão em situação de crise a reação geralmente é de abrir mão da fé, tornam-se vítimas da dúvida e do desespero. Acham que a esperança acabou que Deus os abandonou que suas vidas não têm mais valor, que foram esquecidos e abandonados. Muitos chegam a sugerir que o pecado os condenou e Deus se afastou deles. Ledo engano! E este é um caminha de PERIGO. É olhar a crise com os olhos da carne do humano, do profano. É fazer da desesperança seu fardo e seu futuro. Os olhos são olhos da carne e não do espírito! São olhos que não vêem na desesperança o limiar de uma oportunidade sem precedentes.
            Já o caminho da oportunidade, esse passa pela via da fé, passa pela via do amor. E o grande segredo é que quando olhamos a crise como uma oportunidade coisas novas acontecem. Deus nos honra, Deus nos usa, Deus nos molda, Deus nos consola, Deus faz nova todas as coisas. Ele e somente Ele transforma a crise em oportunidade. Oportunidade de mostrar e viver o quando amamos o nosso Senhor, o quanto nossa vida depende dele, o quanto somos Dele e para Ele.
            Ao olharmos a ação desta menina ficamos atordoados com o quanto podemos fazer e ser quando transformamos a crise em oportunidades. A menina segundo Dt. 19:21 tinha todas as condições e estava amparada pela Lei para deixá-lo a mercê da doença e da desesperança. Ela não teve dúvidas, ela não pensou em si e nem na sua condição, ela não olhou para trás, seus olhos não foram olhos de amargura, de rancor, muito menos de ódio. Seus olhos foram de amor. Um amor que envolve e a transborda de tal forma que ela ama o seu inimigo (MT 5:44) e ama tão intensamente que se envolve com a dor com a desesperança do seu algoz e leva-o a ver que há saída, que há cura, cura esta exterior mas muita mais no interior da sua alma! Que fantástico, que lindo que nobre a ação desta menina. DAR AO SEU ALGOZ A OPORTUNIDADE DE SER E DE TER UMA NOVA E MARAVILHOSA VIDA EXTERIORMENTE E INTERIORMENTE TÃO INTENSA E TÃO CHEIA DE GRAÇA!

03) A FORÇA DO TESTEMUNHO SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS:

            Mediante a oportunidade, Naamã parte em busca da cura. Naamã diante da sua posição reluta por um instante em fazer o que o profeta diz. Indignasse, seu orgulho é ferido, machucado mais uma vez, ele fica ao ponto de desistir. Pensava ele que pela sua posição, pelo sua patente e por quem era ele seria curado num cerimonial de pompa de luxo, seria o centro das atenções. Mas mais uma vez Naamã cai, cai porque ele era apenas alguém que precisa quebrar seu orgulho, sua pompa e aprender que o Deus da menina é que era o centro de tudo e tudo em todos.   Interessante notar que sua arrogância é vencida pela humildade. Humildade da menina e também humildade e visão do seu servo que foi usado para mostrar que era tão simples sua tarefa, batava ele se render e se sujeitar.  Uma menina até então insignificante causa uma transformação um renovação na vida de Naamã.
            Agora ele está limpo, Naamã podia em fim amar, podia pegar seus filhos, beijá-los comer com eles, ele podia dizer que era uma nova criatura exteriormente e interiormente. Sua vergonha foi transformada em alegria, Naamã nunca mais iria se esconder dentro da sua armadura, Ele em fim estava livre eternamente livre!

CONCLUSÃO:

            Como é gostoso olhar o final do texto e ver que Naamã reconhece a grandeza de Deus! (5:15). Como é maravilhoso a ação de Deus através dos seus profetas. É o ir ao perdido. E pensar que muitos acham que a graça tem preço, pode ser comprada, barganhada, leiloada em nome de Deus. Estamos cheios de Naamã por ai a fora. Mas o que percebemos e aprendemos é que nossa relação deve ser de reconhecimento e de confiança plena. Não importa as circunstâncias Deus nos usa, nos faz vitoriosos mesmo na adversidade, na desesperança, tanto da menina quanto de Naamã! Que Deus tremendo usa o desesperançoso para dar esperança ao seu algoz, ao seu opressor e ficar tremendamente contente por saber que mesmo cativa nas mãos do homem, agora seu opressor tinha uma nova vida, uma nova oportunidade, um novo coração um coração que se rendeu ao Deus de uma menina que mesmo anônima foi tremendamente usada por Deus!  

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